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MATERNIDADE ROMANTIZADA

  • Foto do escritor: Minapsicologa
    Minapsicologa
  • 21 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

PSICÓLOGA JANAINA MIRANDA

CRP 06/152048





Ser mulher, para a sociedade está intimamente ligado ao ser mãe. E cada momento histórico tem um conjunto de costumes para a criação dos filhos. A ideia que perpetua até hoje, é de um papel sexual pré-fixado, já que as meninas são educadas desde a infância para o momento da maternidade. Brincamos de boneca, casinha, limpeza e dentre outras brincadeiras relacionadas.


Por tanto, ser mãe é algo considerado magnifico e sagrado. A mulher aqui é o centro da família, por aparentemente exercer a função instintiva e altamente eficiente da mãe. Aquela que naturalmente tem experiencia em cuidar de uma criança, gerando para este filho um ambiente perfeito, atendendo todas as suas demandas.


A ‘’ boa mãe’’ não poderá em hipótese alguma se deparar com exaustão, angústias e frustrações As mães são constantemente julgadas por terceiros, é como se houvesse uma ruptura, não existe o ‘’ Você é a mãe ‘’, mas sim, o ‘’ nós somos as mães’’. Logo, o julgamento social se baseia na experiencia materna de outras mulheres, e do machismo, ponto que neste momento não será abordado profundamente.


Ocorre, que a mulher não tem a oportunidade de viver suas experiencias emocionais com segurança, sem se sentir diminuída e ameaçada. Ao criar um ‘’ livro ‘’ sobre o certo e errado, limitamos a vivencia materna, que é algo totalmente individual e subjetivo.


É preciso desconstruir o conceito de universalidade do amor materno, e entender que não existe um sentimento materno padrão, e sim um desenvolvimento afetivo, um processo que acontece na própria gestação dessa mulher, no seu viver com o filho. Sem fórmulas ou pitacos.


Mães não são barbies perfeitas dentro de uma caixinha. São reais, passam por desequilíbrios emocionais, por conflitos internos e externos. E merecem apoio. Não pessoas que lhe digam que mãe deve ser. Mas, pessoas que demostrem que estão lá, e entendem que não é fácil.


Mãe é: filha, solteira, prima, vizinha, esposa, mulher, cidadã .... E principalmente PESSOA.

Elas sentem medo, tristeza e em alguns momentos querem simplesmente fugir


Por que estão cansadas de:


Ser mãe 24 horas, por dia. (Pois é, mesmo com todo amor do mundo isso acontece)

De não dormir

Não comer

Não ter tempo para um simples banho

todas as conversas serem sobre bebês

Estar tão exausta física e emocionalmente, para conseguir ter pequenos momentos para si. É tanta exaustão que não sobra disposição nem para o sexo.


E por ai continua!


Os comerciais de margarina mostram famílias tão perfeitas, que os nossos olhos chegam a brilhar. Mas, a realidade é que a mãe daquelas crianças banhou eles 100 vezes, e mesmo assim conseguem se sujam toda hora. Não querem comer e sim fazer pirraça. Enquanto o pai está assistindo futebol.


Quantas vezes julgamos uma mãe? Acredito que todo mundo em algum momento pensa “nossa eu não seria uma mãe assim ‘’. Pois é, essa história tem um ‘’porém ‘’, porque não estamos em um comercial de pessoas perfeitas. Precisamos entender que não é fácil criar um filho, e que é preciso pensar também no bem-estar dessa mulher. A maternidade realmente é um momento único, de muito amor. Cada uma vive e educa de uma forma, os pais devem ser mais ativos, dividindo as responsabilidades. Deve-se construir um ambiente acolhedor, que a mãe não sinta culpada, por não ser perfeita. Um lugar que a mãe seja compreendida e cuidada.


Ela não é apenas a maternidade. Ela é tudo. Como todo mundo.




 
 
 

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